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Da Redação

Como a Coca-Cola gastou milhões para comprar cientistas

Publicamos com exclusividade um trecho do livro de Marion Nestle sobre as práticas da indústria alimentícia para influenciar a produção acadêmica e a ciência a seu favor

Da Redação
30 de julho de 2019
10:00
Este artigo tem mais de 4 ano

Em abril, Marion Nestle, professora emérita da Faculdade de Nutrição, Estudos Alimentares e Saúde Pública da Universidade de Nova York, lançou aqui no Brasil seu livro Uma verdade indigesta: como a indústria de alimentos manipula a ciência sobre o que comemos, pela Editora Elefante

Nele, a pesquisadora e autora relata com detalhes como a indústria dos alimentos nos Estados Unidos financia pesquisas e eventos para trazer os pesquisadores para o seu lado. “Era muito difícil encontrar estudos patrocinados por uma empresa que saíssem com resultados que não fossem favoráveis aos interesses da empresa. Eu sabia que isso era um problema. Não era um estudo científico. Mas eu estava impressionada com o número de empresas alimentícias financiando estudos e usando para marketing”, resume Marion.

Abaixo, um trecho do capítulo que trata da estratégia adotada pela Coca-Cola Company para mudar o debate sobre obesidade – e esconder sua culpa na epidemia da doença crônica.

Marion Nestle é professora emérita da Faculdade de Nutrição, Estudos Alimentares e Saúde Pública da Universidade de Nova York

Coca-Cola, um estudo de caso

Pode parecer injusto dedicar um capítulo inteiro à Coca-Cola Company, mas as tentativas da empresa de influenciar as pesquisas têm sido tão deliberadas e abrangentes — e expostas tanto por repórteres, que tiverem acesso a e-mails, como pela própria empresa, em seu site — que exigem nossa atenção. Canalizando fundos por meio do ilsi e da Associação Americana de Bebidas, a Coca-Cola tem apoiado estudos de universidades há muito tempo, mas o financiamento direto é algo relativamente recente. No início dos anos 2000, a corporação publicou uma análise das pesquisas sobre hidratação. Porém, não se envolveu seriamente com essa área até 2004, quando estabeleceu o Instituto de Bebidas para Saúde e Bem-Estar, nascido expressamente para aumentar a conscientização da importância de “estilos de vida saudáveis” e das bebidas como meios eficazes para hidratação. Em 2008, trabalhos científicos de governos e universidades divulgavam o patrocínio da multinacional.

Em 2012, a vice-presidente e diretora de Ciência e Saúde da Coca-Cola, Rhona Applebaum, que também se tornaria presidente do ilsi três anos mais tarde, anunciou um grande esforço para combater as evidências que ligam os refrigerantes a dietas pobres e a problemas de saúde. Applebaum não mediu as palavras. A pesquisa financiada, disse ela, foi essencial para rebater a ciência promovida pelos defensores de impostos sobre refrigerantes. A Coca-Cola pretendia treinar jornalistas e atrair cientistas parceiros para conduzir “pesquisas defensivas e ofensivas”. Caso contrário, a indústria ficaria à mercê de “ativistas e jornalistas fanáticos”.

Esse esforço foi de fato significativo. Foram identificados 389 artigos publicados em 169 periódicos de 2008 a 2016, ou diretamente financiados pela empresa, ou realizados por pesquisadores com laços financeiros com a companhia. De maneira geral, a conclusão foi de que, no controle do peso, a atividade física é mais efetiva que a dieta; os açúcares e os refrigerantes são inofensivos; as evidências contrárias estão erradas; e as pesquisas bancadas pela indústria são superiores às financiadas por outras fontes.

O foco na atividade física é perfeitamente ilustrado pelo apoio da Coca-Cola à Rede Global de Balanço Energético (gebn, na sigla em inglês). A rede apareceu pela primeira vez em 2014, quando Yoni Freedhoff, médico canadense especializado em obesidade, verificava notícias no Twitter e esbarrou com um tuíte de Applebaum. Ela mencionava que Steven Blair, fisiologista do exercício da Universidade da Carolina do Sul, estava usando a rede para conectar especialistas em balanço energético. Freedhoff havia visto uma tuitada anterior de Blair a respeito, mas, conforme disse num e-mail que me enviou, “quando Rhona mencionou o assunto, soube que algo estava acontecendo”. Esse “algo” era o patrocínio da Coca-Cola, não mencionado nos anúncios.

Os outros membros fundadores da rede eram James Hill, da Universidade do Colorado, e Gregory Hand, da Universidade da Virgínia Ocidental. A mensagem principal era: a falta de atividade física — não a dieta e, certamente, não os refrigerantes — é responsável pela obesidade. Em um vídeo postado no site da aliança, Blair explicou que “a maioria das pessoas na mídia leiga e na imprensa científica está comendo demais, comendo demais, comendo demais e culpando o fast-food, as bebidas açucaradas e assim por diante. E praticamente não há nenhuma evidência convincente de que essa seja, de fato, a causa”. Blair disse que a gebn havia acabado de obter um financiamento, mas não revelou de quem.

Esse lapso não foi mera distração. Os e-mails dos repórteres mostram que a Coca-Cola não somente financiou a ofensiva, como também se envolveu ativamente em seu desenvolvimento — de uma maneira tal que houve certa disputa sobre a origem da iniciativa. Em maio de 2014, em uma conversa bastante áspera com um executivo da Coca-Cola, James Hill cobrou o reconhecimento de seu trabalho: “faz três anos que tenho aberto caminho para conceito da Rede Global de Balanço Energético. Investi tempo, esforços e recursos nessa ideia. Sinto-me grandemente responsável por ela e fiquei surpreso por descobrir que você a levou adiante sem mim”.

Os e-mails revelam que, alguns meses depois, Applebaum distribuiu uma proposta preliminar para a rede, “adaptada de um documento anterior, usado para vender o conceito para a empresa”. A proposta posicionou a gebn como uma arma na “crescente guerra entre a comunidade de saúde pública e a indústria privada sobre como reduzir a obesidade”. Ela disse: “lados estão sendo escolhidos e linhas de batalha estão sendo traçadas. […] A Rede Global de Balanço Energético precisa se estabelecer rapidamente como ponto para o qual a imprensa pode recorrer a fim de obter um comentário acerca de qualquer questão sobre obesidade”. Ela também disse que esse grupo precisava “conceber, criar e programar uma ‘campanha’ de defesa” por vários anos para servir “como força contrária à proposta unilateral de regulamentação. De maneira semelhante a uma campanha política, desenvolveremos, implantaremos e envolveremos uma estratégia poderosa e multifacetada para combater as organizações radicais e seus proponentes”. Ela ainda disse que a Coca-Cola iniciaria a rede com uma doação de vinte milhões de dólares, garantindo um orçamento anual de um milhão.

O livro “Uma verdade indigesta: como a indústria de alimentos manipula a ciência sobre o que comemos” mostra como os estudos científicos, encomendados pela indústria alimentícia, tornam-se estratégia de marketing de muitas empresas do setor

Depois de ver o tuíte de Applebaum, Freedhoff escreveu para a rede, perguntando quem pagava por ela. A resposta foi que “a Rede Global de Balanço Energético recebeu apoio da filantropia privada, da Universidade do Colorado, da Universidade da Carolina do Sul e da Universidade de Copenhague” — e, quase como uma reflexão tardia —, “incluindo uma doação educacional irrestrita da Coca-Cola Company”. Freedhoff repassou essas informações para Anahad O’Connor, repórter do The New York Times, que observou que o site da rede não era o único a ocultar suas fontes de financiamento. Os comunicados de imprensa da Universidade da Carolina do Sul e da Universidade do Colorado e um anúncio feito pelos organizadores da rede no British Journal of Sports Medicine tampouco fizeram qualquer menção a isso.

Foi suficiente para manter O’Connor ocupado pelos próximos meses, solicitando acesso à informação e realizando entrevistas para saber mais sobre o relacionamento da rede com a Coca-Cola. O repórter do The New York Times publicou as descobertas em agosto de 2015, num artigo que começou na primeira página e ganhou outra página inteira do jornal, relatando que, desde 2008, a empresa havia concedido mais de 3,5 milhões de dólares a Steven Blair e cerca de 1,5 milhão de dólares a Gregory Hand para pesquisa. A Coca-Cola também havia contribuído com um milhão para a fundação de pesquisa da Universidade do Colorado. Fui citada no artigo e logo entrevistada por outros repórteres, que não acreditavam que os pesquisadores pagos pela Coca-Cola pudessem argumentar que dieta não tem nada a ver com obesidade — uma ideia tão providencialmente egoísta e tão longe da verdade científica que provocou ridicularização imediata.

Os membros do Congresso norte-americano tampouco puderam acreditar. A representante de Connecticut, Rosa DeLauro, emitiu o seguinte comunicado: “esse estudo é herdeiro da pesquisa realizada pelas empresas de tabaco para enganar o público acerca dos riscos do tabagismo para a saúde. Esse grupo novo e a pesquisa são uma farsa. As pessoas querem ser saudáveis e querem que seus filhos sejam saudáveis e percebam que as bebidas cheias de calorias vazias não são boas”.

A resposta inicial da Coca-Cola a tudo isso veio do diretor técnico, Ed Hays: “sim, financiamos estudos científicos por meio da Rede Global de Balanço Energético e nos orgulhamos de apoiar o trabalho de pesquisadores como o Dr. Jim Hill e o Dr. Steve Blair, porque esse tipo de pesquisa é fundamental para encontrar soluções para a crise global de obesidade. Na Coca-Cola, acreditamos que uma dieta equilibrada e exercícios regulares são dois ingredientes fundamentais para um estilo de vida saudável”.

Uma resposta mais ponderada, porém, deve ter parecido necessária, porque, uma semana depois, o ceo da empresa, Muhtar Kent, em reportagem publicada no Wall Street Journal, afirmou: “nossa empresa foi acusada de mudar o debate, sugerindo que a atividade física é a única solução para a crise de obesidade. Relatos nos acusaram de enganar o público quanto ao nosso apoio à pesquisa científica. Sei que nossa empresa pode trabalhar mais para envolver a comunidade científica e a saúde pública — e o faremos. No futuro, à medida que reorientarmos nossos investimentos e nossos esforços para o bem-estar, agiremos com ainda mais transparência”.

Com a ênfase em “ainda mais transparência”, Kent quis dizer algo extraordinário: o site da Coca-Cola publicaria a lista de parcerias de pesquisa e investimentos sociais dos últimos cinco anos e, a partir disso, a atualização seria frequente. Em 22 de setembro de 2015, a empresa revelou o nome das centenas de profissionais de saúde, cientistas e organizações que havia apoiado nos Estados Unidos desde 2010, com os respectivos valores. O total desse financiamento foi de 21,8 milhões de dólares para pesquisas e de 96,8 milhões para ações comunitárias durante o período de cinco anos entre 2010 e 2015. Posteriormente, a corporação empreendeu iniciativas de transparência semelhantes na Grã-Bretanha, na Alemanha, na Austrália e em pelo menos outros dez países.

Transparência, porém, incentiva análise. Kyle Pfister, da organização da sociedade civil Ninjas for Health [Ninjas pela Saúde], rastreou os 115 indivíduos listados. Destes, 57% são nutricionistas, 20% são acadêmicos, 7% são médicos, 6% são especialistas em condicionamento físico e os demais são autores, chefs de cozinha ou representantes de empresas de alimentos. O site revelou que, de 2010 a 2015, a Coca-Cola contribuiu com setecentos mil dólares para a Academia de Nutrição e Dietética, 2,9 milhões para a Academia Americana de Pediatria, e 3,5 milhões para a Academia Americana de Médicos de Família — grupos dos quais, em todo caso, seria esperada a recomendação de evitar as bebidas açucaradas.

A transparência traz consequências. Em uma semana, a Coca-Cola encerrou as parcerias constrangedoras com essas organizações. No início de novembro, a Universidade do Colorado devolveu o subsídio de um milhão que fora dado aos trabalhos de Hill, explicando a decisão da seguinte forma: “embora a Rede Global de Balanço Energético continue a defender a boa saúde por meio de equilíbrio entre hábitos alimentares saudáveis e exercícios, a fonte de financiamento desviou a atenção do objetivo fundamental [da iniciativa].”

Em 24 de novembro, a Associated Press publicou e-mails trocados entre Applebaum e Hill. Mais tarde, naquele mesmo dia, a empresa anunciou a aposentadoria de sua vice-presidente. A gebn foi extinta uma semana depois. No final de 2015, Applebaum se demitiu do conselho administrativo do ilsi, terminando seu mandato como presidente. Na sequência, o Denver Post informou que, de 2011 a 2015, a Coca-Cola pagara 550 mil dólares a Hill por honorários, viagens, atividades educacionais e pesquisas. Em março de 2016, ele pediu demissão do cargo de diretor-executivo de um centro de saúde da Universidade do Colorado.

Os líderes da rede não esperavam reações tão fortes. Logo depois da reportagem do The New York Times, eles emitiram uma declaração: “é lamentável que a Rede Global de Balanço Energético tenha sido caracterizada como um grupo que promove atividade física em detrimento de dieta. Nada poderia estar mais longe da verdade. […] A Coca-Cola não participa das atividades da Rede Global de Balanço Energético. A Rede Global de Balanço Energético não trata da minimização do papel das dietas ou das bebidas açucaradas no desenvolvimento de obesidade. Dito isso, a Rede Global de Balanço Energético acredita que tanto a indústria alimentícia quanto a inatividade física [sic] podem desempenhar papéis para ajudar a reduzir a obesidade”.

A declaração veio acompanhada de respostas às “perguntas levantadas pela recente atenção da imprensa”. Essas respostas repudiaram o vídeo de Steve Blair desmerecendo a importância da dieta, defenderam o foco do grupo no balanço energético e deram a entender que havia certa incompreensão acerca dos interesses conflitantes entre a rede e o patrocinador. À pergunta: “a Rede Global de Balanço Energético acredita que, para combater a obesidade, a atividade física é mais importante do que a dieta?”, a resposta foi: “absolutamente não. As opiniões pessoais do dr. Blair, como expressadas no vídeo, não refletem com precisão a posição da Rede Global de Balanço Energético e, por essa razão, ele nos pediu para remover o vídeo do nosso site. Acreditamos que a redução do consumo de bebidas açucaradas é uma estratégia que pode ajudar a combater a obesidade”.

À pergunta: “o site da Rede Global de Balanço Energético foi registrado pela Coca-Cola?”, a resposta foi: “Sim. Isso foi um erro da nossa parte”. À pergunta: “vocês ainda se sentem confortáveis com o financiamento da Coca-Cola?”, a resposta foi: “sim, somos imensamente gratos à Coca-Cola. Esse financiamento foi concedido irrestritamente. […] Isso significa que a empresa não tem informações sobre como o dinheiro é gasto — não há necessidade de relatarmos nada à empresa”. De maneira geral, os integrantes da rede ficaram “claramente consternados em ver nossa organização ser acusada de subestimar a importância da dieta para beneficiar a Coca-Cola, mas aceitamos a responsabilidade por alguns erros que cometemos, em especial com nosso site”.

No dia seguinte, Lisa Young, minha colega da Universidade de Nova York e membro da Academia de Nutrição e Dietética, recebeu uma carta assinada pelos diretores da rede: “o artigo do The New York Times alegou que a Coca-Cola Company conduziu nossa estratégia. Isso não é verdade. A Coca-Cola não tem nenhuma participação na nossa organização. Eles forneceram fundos irrestritos para instalarmos a Rede Global de Balanço Energético, o que significa que eles não têm voz na forma como esses fundos são gastos. Continuamos a acreditar que o mundo precisa da Rede Global de Balanço Energético. Precisamos de uma organização para discutir a ciência do equilíbrio energético e as formas de usar o conhecimento que temos para reduzir a obesidade (e, sim, discordar)”.

Incluo essas declarações porque revelam a insistência dos líderes da rede no sentido de que a Coca-Cola não teve participação nas atividades do grupo. Os e-mails contam uma história diferente, sugerindo que a empresa esteve ativamente envolvida em todos os aspectos da organização — desde a concepção até o recrutamento de membros para disseminação dos resultados. Como os líderes da coalizão trabalham para universidades públicas em estados com leis de acesso à informação, repórteres e pesquisadores pediram os e-mails que eles trocaram com a corporação. Por exemplo, Gary Ruskin, da organização us Right to Know, obteve mensagens com documentos internos da empresa. Ficou provado que os executivos da Coca trabalharam com os cientistas da rede para influenciar a direção da pesquisa, ocultar a fonte de financiamento e promover a estratégia de balanço energético para os profissionais e a imprensa.

Candice Choi, da Associated Press, também solicitou e-mails. Ela os usou para mostrar que a então vice-presidente da Coca-Cola, Rhona Applebaum, havia ajudado a selecionar os membros da rede, desenvolvido a missão e as atividades do grupo, sugerido materiais para o site, projetado o logotipo, desenvolvido o plano de comunicação, oferecido treinamento de imprensa para os líderes e até encontrado emprego para o filho de um investigador. A repórter citou um e-mail de Hill para Applebaum: “não é justo que a Coca-Cola seja sinalizada como vilã número 1 do mundo da obesidade, mas essa é a situação, e esse é o seu problema — goste você ou não. Quero ajudar sua empresa a evitar a imagem de problema na vida das pessoas e a voltar a ser uma companhia que proporciona coisas importantes e divertidas a elas”.

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