Foi um ano de muito trabalho, muitas investigações, inovações e em que a independência mostrou todo o seu valor para o jornalismo de qualidade. Com a realização da Copa do Mundo e das eleições majoritárias o Brasil foi foco de atenção internacional e de muito debate interno – das redes às articulações dos movimentos sociais. Para nós, da Pública, que cobrimos os preparativos da Copa sob o ponto de vista dos direitos humanos, foi a consagração de um trabalho. Dos despejos às obras de mobilidade urbana que perderam espaço para os estádios, da violência policial à vigilância sobre militantes de movimentos sociais, concluímos nossa cobertura como referência para os que buscam a informação sobre o outro lado do evento mundial.
Também avançamos na produção de reportagens investigativas financiadas pelo público, o nosso crowdfunding, que resultou em 12 trabalhos de qualidade sobre temas fundamentais, da violência contra a mulher ao monopólio da água mineral, dos presídios privados às grandes irmãs da construção civil que mostraram a extensão de seu poder corruptor e indutor de projetos do Executivo. E inovamos com uma reportagem sobre a exploração sexual de meninas feita em HQ, multiplicando a força da necessária denúncia.
Esse ano também estreamos na cobertura de eleições para presidente com a criação do projeto Truco! – que checou tudo o que disseram os candidatos a presidente durante a propaganda eleitoral gratuita. Um trabalho que envolveu toda a equipe, com a garra de produzir informação isenta, de utilidade para o eleitor.
Nossos parceiros responderam com igual entusiasmo. Novos republicadores manifestaram interesse em nossas reportagens e o acesso ao site cresceu 47,2% em relação ao ano passado, chegando a 1,5 milhão em 15 de dezembro. Tivemos sete reportagens premiadas e duas indicadas a dois dos mais importantes prêmios de jornalismo do mundo, o Premio Gabriel García Márquez de Periodismo e o Premio Latinoamericano de Periodismo de Investigación.
Selecionamos destaques de nosso trabalho para você lembrar de momentos e reportagens que marcaram esse ano. Desejamos a todos uma boa leitura e que nossa parceria se renove no ano que vem.
Reportagens premiadas
Defeitos de fábrica: as explosões da GM no Brasil
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2º lugar na categoria Online do 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo (OAB/RS)
Em guerra contra à Nestlé
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2º lugar na categoria Online do 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo (OAB/RS)
Quanto mais presos, maior o lucro
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3º lugar na categoria Online do 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo (OAB/RS)
Napalm no Vale do Ribeira
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Menção honrosa na categoria Online do 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo (OAB/RS)
O “inquérito do Black Bloc”
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3º lugar na categoria Especial (Segurança Pública: Padrão Ditadura em Plena Democracia) do 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo (OAB/RS)
Dor em dobro
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Vencedora do Prêmio SindhRio de Jornalismo e Saúde 2014
A revoada dos passaralhos
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Vencedora da categoria Sul do Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do Trabalho
Severinas: as Novas Mulheres do Sertão
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Finalista do Premio Gabriel García Márquez, na categoria Imagem
Cadeias para Indígenas na Ditadura
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Finalista do Premio Latinoamericano de Periodismo de Investigación
As mais lidas
As quatro irmãs
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Negócios familiares, proximidade com governos, financiamento de campanhas e diversificação de atividades – da telefonia ao setor armamentício – compõem a história das gigantes Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez
Por Adriano Belisário
Quanto mais presos, maior o lucro
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Na primeira penitenciária privada desde a licitação, o Estado garante 90% de lotação mínima e seleciona os presos para facilitar o sucesso do projeto.
Por Paula Sacchetta
HQ: Meninas em jogo
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Durante três meses, nossa equipe de repórter e quadrinista percorreu estradas do Ceará em busca da teia da exploração sexual de meninas para a Copa.
Por Andrea Dip e De Maio
O não-legado da Copa do Mundo
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Em 9 das 12 cidades-sede, o financiamento federal para os estádios é maior do que os repasses para a educação
Por Ciro Barros
Transposição do rio São Francisco: via de mão única
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Na primeira matéria do projeto Reportagem Pública, a repórter viaja ao Eixo Leste – e mostra como a população está sendo afetada pelas obras
Por Marcia Dementshuk
Reportagens mais republicadas
1º – Às vésperas da Copa, PF não sabe quem fará segurança nos estádiosa
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Responsável por fiscalizar segurança privada no país, PF não havia recebido da Fifa nomes das empresas contratadas até dia 28 de abril; STF confirma que, se houver problemas, responsabilidade civil é da União
Por Ciro Barros e Natalia Viana
2º – HQ: Meninas em Jogo
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Durante três meses, nossa equipe de repórter e quadrinista percorreu estradas do Ceará em busca da teia da exploração sexual de meninas para a Copa. Aqui você os acompanha na primeira reportagem em quadrinhos da Pública, em cinco capítulos
Por Andrea Dip e De Maio
3º – Defeitos de fábrica: as explosões da GM no Brasil
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Incêndios provocados por defeitos elétricos no modelo Vectra deixaram ao menos cinco mortos e cinco gravemente feridos; associação de consumidores mapeou ocorrências pelo país e denuncia 30 casos de explosões sem motivo aparente
Por Moriti Neto
4º – Amor ao carro
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Para especialista, valorização do carro e das montadoras pelo brasileiro contribui para fragilidade na fiscalização de falhas cometidas pela indústria que poderiam causar recalls
Por Moriti Neto
5º – Guerra à periferia
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Em 2012, após o PCC executar dezenas de policiais, PMs e grupos de extermínio mataram centenas de inocentes nas quebradas de São Paulo
Por Fausto Salvadori e William Cardoso
Vídeos mais vistos
1º – Abordagem truculenta de policiais da UPP da Rocinha
2º – Vácuo eleitoral – Água
3º – Explosões da GM: Lucineia conta como foi
4º – COPA SEM CASA – #CopaPública – Recife
5º – Napalm no Ribeira
Reportagem Pública
No segundo semestre de 2013, o projeto Reportagem Pública surgiu como uma iniciativa inédita de jornalismo investigativo. Através de crowdfunding, 808 doadores contribuíram com quase R$ 60 mil para o financiamento de matérias de jornalistas independentes.
48 pautas foram pré-selecionadas a partir das mais de 120 enviadas por jornalistas de todo o Brasil. Coube aos doadores, então, votar nas doze pautas que receberiam as bolsas. A primeira matéria foi publicada no dia 6 de fevereiro deste ano, e a última em 8 de agosto. Relembre-as:
Transposição do rio São Francisco: via de mão única
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A repórter Marcia Dementshuk viajou ao canteiro de obras do Eixo Leste do projeto, relatou a mobilização e os problemas locais e lembrou que o combate à falta d’água vem dos tempos do Império. Também escreveu sobre os bastidores da reportagem – e voltou à região alguns meses depois para checar o andamento da obra.
Desaparecidos e esquecidos
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Giuliander Carpes mostrou que o Caso Amarildo foi um dos poucos desaparecimentos investigados no Rio de Janeiro entre 2012 e 2013. Mapa interativo e relato da apuração acompanharam a matéria.
Morri na Maré
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A dupla de jornalistas franceses Marie Naudascher e Patrick Vanier mostrou, em minidoc, a violência em comunidade carioca através do olhar das crianças moradoras.
Dá para beber essa água?
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A investigação de Anne Vigna mostrou que nem água da torneira e nem água mineral são totalmente seguras, comparou o fornecimento gratuito da bebida no Rio e em Paris e apontou a renovação tecnológica como única solução para melhorar a qualidade da água no Brasil.
Redatores anônimos de leis
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Sérgio Praça trouxe à tona o trabalho dos consultores legislativos, funcionários (bem remunerados) de parlamentares que operam o lado desconhecido do Congresso.
In dubio pro natura
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Já Marina Almeida viajou ao Circuito das Águas mineiro e relatou o embate entre a preservação ambiental e os tratamentos com água mineral, a guerra de moradores locais contra a Nestlé e as implicações do Novo Código de Mineração.
As explosões da GM no Brasil
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Dezenas de explosões sem motivo aparente em automóveis Vectra deixaram ao menos cinco mortos no país. Moriti Neto mostrou como o amor ao carro contribui para a má fiscalização das montadoras.
Guerra à periferia
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A execução de centenas de inocentes nas quebradas paulistanas, após confronto entre polícia e PCC, foi investigada pela dupla Fausto Salvadori e William Cardoso, que também entrevistou Antônio Ferreira Pinto, secretário de Segurança Pública de São Paulo à época dos ataques.
Quanto mais presos, maior o lucro
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Já Paula Sacchetta trouxe a história da primeira penitenciária privada desde a licitação no Brasil, onde o Estado garante lotação mínima e seleciona os detentos. Um minidoc acompanhou a reportagem.
Dor em dobro
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A investigação das repórteres Anna Beatriz Pouza, Gabriela Sá Pessoa e Natacha Cortêz partiu de dados alarmantes: 67,4% das mulheres que sofrem estupro seguido de gravidez no Brasil não têm acesso ao serviço de aborto legal na rede pública de saúde. Aqui, o making of da reportagem.
As quatro irmãs
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Adriano Belisário apurou as trajetórias semelhantes das “gigantes” empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, que se revezam em contratos para obras dos megaeventos no país.
Em busca da mineradora canadense Belo Sun
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O Xingu foi o destino do quarteto Francisco Vorcaro, Gerson Lima, Mário Lúcio de Paula e Rômulo Radicchi, que foram conhecer o projeto de extração de ouro na região e escreveram um ‘diário de bordo’.
As 12 reportagens investigativas do projeto também foram reunidas em um e-book, que está disponível para download por R$ 9,99 e pode ser lido tanto em aparelhos Kindle como no aplicativo disponível para os sistemas operacionais iOS e Android
Copa Pública
Em outubro de 2011, começamos a cobrir uma história que não estava sendo contada: a das comunidades afetadas pelos primeiros passos das obras da Copa do Mundo.
Faltavam ainda 30 meses para o apito inicial, e esses temas não apareciam nos jornais nem na TV que, mesmo nas reportagens que iam além do esporte e da festa, concentravam-se apenas nos prazos e custos das obras.
A tarefa não foi fácil: não havia ainda uma Lei de Acesso à informação, e os governos disponibilizavam pouquíssima informação sobre seus planos – seja para as comunidades ameaçadas de remoção, seja para os jornalistas.
Foi assim que nasceu o Blog Copa Pública, uma experiência de jornalismo cidadão.
Enquanto as fontes oficiais se mostravam relutantes em discutir os rumos da Copa, comitês populares se organizavam nas 12 cidades-sede para documentar, analisar e resistir às ameaças que pessoas e comunidades estavam sofrendo em nome da Copa. Era preciso ouvi-los.
Afinal, o que essas pessoas tinham a contar era brutal: em diversos cantos do país, direitos básicos, como uma simples explicação sobre o destino das famílias que seriam removidas, ou o valor das indenizações, eram ignorados pelo poder público. Além das remoções, nossas reportagens revelaram um lado B do Mundial que muitos queriam esconder: da falta de transparência ao abuso econômico e político. E enquanto a população foi às ruas em diversas cidades, continuamosacompanhando seus motivos e checando as informações.
Relembre algumas das principais matérias publicadas no blog em 2014 e confira a página de nossa cobertura especial da Copa do Mundo:
HQ: Meninas em Jogo
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Durante três meses, nossa equipe de repórter e quadrinista percorreu estradas do Ceará em busca da teia da exploração sexual de meninas para a Copa. Aqui você os acompanha na primeira reportagem em quadrinhos da Pública, em cinco capítulos
“Eles estão roubando vocês!”
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Novo livro do jornalista britânico Andrew Jenningsdesnudou farsa de ingressos da Copa e avisou: os brasileiros estavam pagando por uma Copa que só traria lucro para Fifa e patrocinadores
O braço forte da União
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Para garantir tranquilidade na Copa, AGU conseguiu na Justiça a proibição de greves, piquetes e bloqueio de aeroportos, rodovias e entornos de estádios
Pela ordem
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Força Nacional se preparou para atuar na Copa do Mundo como tropa do governo federal e convidou jornalistas a acompanhar treinamento para contenção de tumultos
RIO: área de risco
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Entre 2009 e 2013, cerca de 20,3 mil famílias foram removidas pela prefeitura do Rio na preparação para os megaeventos; comunidades que resistem provam que um dos principais argumento do poder público para as remoções – o de situação de risco – nem sempre é real
EUA treinaram policiais para conter manifestações na Copa
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FBI e outras agências americanas treinaram 837 policiais das 12 cidades-sede em cursos diversos, que também incluem investigação digital e relacionamento com a mídia
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Truco!
Após a Copa, veio o segundo semestre e, com ele, as eleições presidenciais no Brasil. Foi aí que surgiu o Truco!, nosso projeto de checagem de dados apresentados pelos candidatos durante o programa eleitoral (inspirado pelo site argentino Chequeado)
Para contribuir com o debate eleitoral, exigir informações embasadas e projetos mais consistentes dos candidatos, elaboramos as cartas que seriam atribuídas às afirmações: Truco!, para pedir mais explicações sobre alguma proposta; Tá certo, mas pera aí, para informações corretas que precisavam ser melhor contextualizadas; Não é bem assim, para informações distorcidas ou discutíveis; Blefe para informações falsas, Zap! para frases corretas e relevantes e Que medo! para propostas que afetassem negativamente grande parte da população.
Foram 20 programas no 1º turno, cujas campanhas ainda proporcionaram algunsmomentos bizarros. Após Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) passarem ao turno decisivo, introduzimos algumas novas regras no jogo como as cartas Candidato em Crise!, para declarações contraditórias, e Carta Marcada, para frases que já haviam sido ditas pelos candidatos e checadas por nós no 1º turno.
Além da cobertura dos programas eleitorais, também compilamos e categorizamos as principais promessas dos presidenciáveis na Rodada de promessas
Em nossa página do Facebook, os eleitores também puderam enviar trucos aos candidatos e votar nas melhores sugestões. As mais votadas foram enviadas às campanhas. Foi o Truco Popular! Tivemos também um dia dedicado ao voto branco ou nulo, em que leitores explicaram por que não escolheram um dos candidatos, e o Vácuo eleitoral em parceria com Rafucko.
Ainda como parte da cobertura eleitoral, fizemos reportagens sobre a população negativamente afetada por ações, projetos e propostas das candidatas e candidato mais votados no 1º turno: Dilma, Aécio e Marina Silva (PSB). Leia:
Cala-boca em Belo Monte
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40 mil pessoas, principalmente indígenas, sofreram o impacto de Belo Monte, maior obra do governo Dilma; movimentos sociais criticam falta de diálogo e transparência
Lá no norte de Minas Gerais
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O embate das comunidades sertanejas contra a explosão da grilagem no governo Aécio Neves, herdeiro de terras já registradas em nome do estado
Esperança perdida
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Movimentos LGBT lamentam recuo de Marina Silva na defesa e proteção da igualdade de direitos após intervenção do pastor Silas Malafaia
E-books
Por fim, preparamos livros digitais com todas as apurações do primeiro e do segundo turno das eleições. Assim, você pode guardar o Truco! no dispositivo de sua preferência!
Minidocs
Estes foram alguns dos minidocumentários publicados em nossa página durante o ano. Você pode conferir a relação completa de vídeos em nosso canal do YouTube e também no Vimeo.
Morri na Maré
Financiado coletivamente, filme realizado por dois jornalistas franceses mostra violência em comunidade do Rio pelo olhar das crianças
Por Marie Naudascher e Patrick Vanier
BRICS 2014: na perspectiva dos povos
Movimentos sociais reuniram-se em evento paralelo à VI Cúpula dos BRICs em Fortaleza. No vídeo, representantes dos cinco países falando sobre riscos e oportunidades trazidos pelo novo banco
Por Coletivo Nigéria
Onde Deus é uma nota de 100
Cantando o novo consumo brasileiro, o funk ostentação nasceu na Baixada Santista, em São Paulo, e chegou às periferias das capitais brasileir
Por Alice Riff e Luciano Onça
A Fronteira Munduruku
Indígenas proclamam a autodemarcação da aldeia Sawré Muybu, assentada em solo sagrado e ameaçada por construção de hidrelétrica no Tapajós
Por Marcio Isensee e Sá
Quanto mais presos, maior o lucro
Na primeira penitenciária privada desde a licitação, o Estado garante 90% de lotação mínima e seleciona os presos para facilitar o sucesso do projeto
Por Paula Sacchetta e Peu Robles
Napalm no Vale do Ribeira
Em 1970, durante a Ditadura Militar, o exército brasileiro realizou um cerco aos militantes da VPR no Vale do Ribeira. Documentos mostram que a região foi bombardeada com bombas de Napalm, expondo a população local a riscos. O exército nunca admitiu oficialmente os bombardeios
Por Luciano Onça
Cardápio de boas histórias
Abaixo, algumas de nossas reportagens produzidas em 2014 que não necessariamente se enquadram nas categorias e projetos acima, mas apuraram grandes histórias de acordo com nossa missão de fortalecer o direito à informação, aqualificação do debate democrático e a promoção dos direitos humanos.
Por trás da disputa política, a força das Teles
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De olho no financiamento eleitoral, PMDB defende interesse das Teles no Marco Civil da Internet e se une à oposição para derrotar governo; projeto coletivo pode ficar desfigurado
Por Felipe Seligman
Um torturador francês na ditadura brasileira
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Documentação obtida por pesquisador na França traz detalhes sobre atividades de Paul Aussaresses, o carrasco de Argel, adido militar no Brasil dos anos 70
Por Anne Vigna
Documentos revelam histórico de violência de oficiais que reprimiram protestos no Rio

Detidos pela PM no centro do Rio às vésperas da Copa do Mundo, dois garotos foram levados ao morro e baleados; um deles sobreviveu para contar a história
Por Anne Vigna
Sem chão
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Após remoção, 27,7 mil famílias paulistanas que recebem subsídio municipal para o aluguel acumulam atrasos no pagamento, dívidas e esperanças perdidas; após publicação, prefeitura comentou a reportagem.
Por Giulia Afiune
Maternidade condenada
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Mesmo protegidos por diversas leis e tratados internacionais, mães encarceradas e seus filhos têm direitos violados; em SP, ex-detenta algemada no parto ganha direito a indenização histórica do Estado
Por Andrea Dip
A batalha pela fronteira Munduruku
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Indígenas proclamam a autodemarcação de terra ameaçada por construção de hidrelétrica no Tapajós. Assentada em solo sagrado, área é dos Munduruku segundo documento parado na Funai há mais de um ano
Por Ana Aranha e Jessica Mota
Intimidade violada
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Da cantada de rua aos cursos de formação de predadores, mulheres são alvo de um jogo criminoso de assédio e se insurgem contra a tolerância cúmplice da sociedade
Por Andrea Dip e Caio Costa